Apólogo

Apólogo

"O velho Torquato dá relevo ao que conta à força de imagens engraçadas ou apólogos. Ontem explica o mal de nossa raça: preguiça de pensar.
E restringindo o asserto à classe agrícola:

- Se o governo agarrase um cento de fazendeiros dos mais ilustres e os trancasse nesta sala, com cem machados naquele canto e uma floresta virgem ali adiante; e se naquele quarto pusesse uma mesa com papel, pena e tintas, e lhes dissesse:
"Ou vocês pensam meia hora naquele papel ou botam abaixo aquela mata", daí cinco minutos cento e um machados pipocavam nas perobas!... "

(Monteiro Lobato - Cidades Mortas)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Uma radiografia da eleição para o Senado

Muito boa essa reportagem!

Por: Carta Capital

http://www.cartacapital.com.br/politica/uma-radiografia-da-eleicao-para-o-senado

MPF utiliza reportagens para mover ação contra acusados de tortura no regime militar

"Três delegados que atuaram pelo Doi/Codi poderão ser afastados, perderão seus cargos e aposentadorias
Reconhecidos por vítimas a partir de imagens veiculadas em jornais, revistas e na televisão, três ex-agentes do departamento de repressão da ditadura militar podem ser indiciados caso a Justiça aceite ação civil do Ministério Público Federal. Entre os acusados, está o ex-delegado que teria forjado o suicídio do jornalista Vladimir Herzog."

Por Carta Capital

Leia mais:
http://www.cartacapital.com.br/politica/mpf-utiliza-reportagens-para-mover-acao-contra-acusados-de-tortura-no-regime-militar

100 anos de história - Dia 1º de setembro, Em qualquer lugar do planeta em que houver um corinthiano, haverá uma camiseta do Timão!!!

Três histórias e uma terra: Brasil!

http://www.cptnacional.org.br/index.php/downloads/finish/27/147

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"A história do Brasil é, ao mesmo tempo, a história do latifúndio e a história da violência sofrida pelos índios, negros e camponeses na luta pela terra"

"O modelo de desenvolvimento e de acumulação do capital, em curso no Brasil há mais de 500 anos, sempre esteve diretamente ligado à concentração da Terra. O primeiro mecanismo de concentração, estabelecido pelos Portugueses no processo de colonização foram as chamadas sesmarias: enormes faixas de terra, cujo título era expedido pela coroa portuguesa, que concedia o direito de uso para os homens de confiança do Rei. Após a revogação das sesmarias, o Brasil ficou sem nenhuma lei que tratasse sobre a propriedade da terra, sendo considerado como o período de intensificação da grilagem de terras no país. Quase 30 anos depois, em 1850, é que se estabeleceu um outro mecanismo que regulamentava a propriedade privada no país: a Lei de Terras. A partir desta data só poderiam ocupar as terras brasileiras por compra e venda ou por autorização do Rei. Nada mudou na estrutura fundiária brasileira. Permaneciam os mesmos latifundiários de sempre.


O passar dos séculos só tornou o latifúndio no país mais violento. Os territórios quilombolas, indígenas e a agricultura camponesa foi dando lugar a uma outra paisagem: a dos monocultivos para exportação, grandes empresas transnacionais, o agronegócio. Em 1890, viviam no campo mais de 95% da população nacional, em 1940 essa população passou a ser 77%. Trinta anos depois, em 1970, esse número cai drasticamente para 40%, é a década do Pró- álcool – um dos períodos de maior avanço da cana de açúcar no país. A população rural chega, em 2002 representando cerca de 20% da população. Os camponeses e camponesas não saíram do campo de forma espontânea e pacífica. É preciso ter um olhar mais atento sobre as causas e consequências desse processo. O propósito de “limpeza” do campo, para a expansão das grandes propriedades se deu de forma violenta contra aqueles que resistiam e lutavam em defesa de seus direitos. Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre a violência no campo no Brasil nos últimos 25 anos, afirmam que a cada ano, em média, 14 mil famílias são despejadas através de ações do poder judiciário, mais de 60 pessoas são assassinadas no campo em média por ano e mais de 400 trabalhadores e trabalhadoras rurais são presos no Brasil por lutar por Terra. E, cotidianamente, camponeses e camponesas resistem ao modelo de produção dos monocultivos que, aliado ao Estado, teima em ceifar a vida no campo"

Leia mais:  http://limitedaterra.org.br/noticiasDetalhe.php?id=241

Ato concreto do povo brasileiro contra o latifúndio no Brasil, de 1 a 7 de setembro


ISSO TAMBÉM É PROBLEMA SEU:


Vala de Perus



"O cemitério Dom Bosco foi construído pela prefeitura de São Paulo, em 1971, na gestão de Paulo Maluf e, no início, recebia cadáveres de pessoas não identificadas, indigentes e vítimas da repressão política. Fazia parte de seu projeto original a implantação de um crematório, o que causou estranheza e suspeitas até da empreiteira chamada a construí-lo. Este projeto de cremação dos cadáveres de indigentes, do qual só se tem notícia através da memória dos sepultadores, foi abandonado em 1976. As ossadas exumadas em 1975 foram amontoadas no velório do cemitério e, em 1976, enterradas numa vala clandestina."

"Em 1990, no dia 4 de setembro, foi aberta a vala de Perus, localizada no cemitério Dom Bosco, na periferia da cidade de São Paulo. Lá foram encontradas 1.049 ossadas de indigentes, presos políticos e vítimas dos esquadrões da morte."

Leia mais:    http://www.desaparecidospoliticos.org.br/pagina.php?id=39

Famílias de reserva extrativista denunciam intimidação no Pará

"O fazendeiro Eliel Nina de Azevedo estaria exigindo que saiam imediatamente da área inclusive os trabalhadores beneficiados pelo crédito habitação, fornecido pelo governo federal somente a famílias cadastradas como pertencentes à reserva", informa o procurador da República.

Em um dos relatos a que Soares Valente teve acesso, o denunciante conta que, como intimidação, um trabalhador idoso foi amarrado em um poste de madeira e teve que solicitar ajuda de parentes para conseguir defecar.

De Comissão Pastoral da terra

Leia maishttp://www.cptnacional.org.br/index.php/noticias/12-conflitos/379-familias-de-reserva-extrativista-denunciam-intimidacao-no-para

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Compra de terras pelo capital estrangeiro precisa ser impedida pela soberania nacional

"Esperamos que o próximo governo tome medidas cabíveis em relação a essas questões, que ainda estão pendentes:

* Nos últimos três anos, o capital estrangeiro comprou 30% das terras, usinas e logística do setor sucro-alcooleiro.
* Muitas empresas estrangeiras compram ações das empresas brasileiras que são donas de terras e não mudam o registro no Incra. Essas terras continuam com mesmo registro, mas na prática pertencem a grupos estrangeiros.
* Como vamos controlar os nossos recursos naturais quando bancos usam fundos de investimento estrangeiros e compram terras, mas com nome nacional? O caso mais simbólico é do Banco Opportunity, de Daniel Dantas, que usou fundos de investimentos de origem estrangeiras para comprar 56 fazendas no sul do Pará, que já somam 600 mil hectares,
* A empresa finlandesa Stora Enso comprou terras tanto no sul da Bahia como na fronteira do Brasil com o Uruguai e Argentina. Além de violar a lei da fronteira, a empresa agride o ambiente. O que será feito com essas terras que ilegalmente já foram vendidas?
* Não é uma ameaça à soberania nacional autorizar que empresas estrangeiras comprem 25% de um município?
Essas e outras questões relacionadas à propriedade da terra e à soberania nacional precisam ser debatidas por toda a sociedade."

Da Página do MST
reportagem de Lúcio Vaz, do Correio Braziliense, publicada nesta terça-feira.

 Leia mais: http://www.mst.org.br/Compra-de-terras-pelo-capital-estrangeiro-precisa-ser-impedida-pela-soberania-nacional%20

Auditoria da Receita fala em quebra de sigilo de mais três tucanos

"Os nomes que surgem hoje em matéria da versão online do jornal O Estado de S. Paulo são os de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Gregório Marin Preciado e Ricardo Sérgio de Oliveira. Os sigilos dos três também teriam sido violados. Parênteses a título de esclarecimento: Medonça de Barros foi o ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso no período em que foram realizadas as privatizações do setor. Preciado é ex-sócio de José Serra e casado com uma prima do presidenciável tucano.
Ricardo Sérgio de Oliveira, por sua vez, foi caixa de campanhas tucanas até 1998, investigado pela CPI do Banestado por receber dinheiro de contas irregulares no exterior e célebre por ter dito ao próprio Mendonça de Barros que a privatização da telefonia foi feita “no limite da irresponsabilidade”. Outra CPI, a do Banespa, investigou tanto Ricardo Sérgio quanto Preciado por remessa ilegal de dinheiro via empresas. Fecha parênteses."

Leia mais: http://www.cartacapital.com.br/politica/ainda-o-dossie-mais-dados-da-auditoria-da-receita-chegam-a-imprensa

Presidente Lula é cobrado por povos indígenas no Mato Grosso do Sul

Na carta ao presidente Lula pedem “Senhor Presidente, por favor, não prometa nada, mande apenas demarcar nossas terras. O resto sabemos dos nossos direitos e vamos batalhar por eles. Já esperamos demais e toda nossa enorme paciência acabou. Só esperamos não precisar ir pelo mundo afora, no ONU e nos tribunais internacionais denunciar um governo em quem tanto esperamos...Não fazemos pedidos, exigimos direitos. Demarcação de nossas terras com urgência para que nosso povo volte a viver em paz, com felicidade e dignidade.”(Conselho da Aty Guasu Kaiowá Guarani
Comissão de Professores Indígenas Kaiowá Guarani)


Leia mais: http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/presidente-lula-se-reune-com-povos-indigenas-no-mato-grosso-do-sul/view

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DE 01 A 07 DE SETEMBRO !!! VAMOS ÀS URNAS MOSTRAR NOSSO PODER POPULAR !!!

A Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra é uma ação de conscientização e mobilização da sociedade brasileira para incluir na Constituição Federal um novo inciso que limite as propriedades rurais em 35 módulos fiscais. Participe e vote!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Guerreiros do Arco-Iris

Realizada há mais de 200 anos por “OLHOS DE FOGO” uma velha índia CREE (Nação indígena dos Estados Unidos da América)
“ Um dia a Terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios.
Quando esse dia chegar, os índios perderão seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar o homem branco a reverência pela sagrada Terra.
Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris, para terminar com a destruição.
Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Irís “.

O CHAMADO MÍTICO FOI EMITIDO ... o grande desafio começou ... despertem guerreiros do arco-íris, mensageiros do Sol, seres luminosos das alianças galácticas, federações e concílios, antigos caminhantes do céu, graduados novamente neste momento, permaneçam na beleza e no poder do amor de Gaia. Deixem de lado a desconfiança, vocês são filhos divinos do Sol... vão para onde seus corações os levem a fim de compartilhar seus grandes dons. Entreguem-se à magia da Terra.
Lembrem-se de que DANÇAMOS E CANTAMOS POR UM ÚNICO CORAÇÃO.



CALENDÁRIO MAIA

Movimento Mundial de Paz e de Mudança para o Calendário de 13 luas

Peço Silêncio

"Agora me deixem tranqüilo. Agora se acostumem sem mim.

Eu vou cerrar os meus olhos.
Somente quero cinco coisas,
cinco raízes preferidas.
Uma é o amor sem fim.

A segunda é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas
voem e voltem à terra.

A terceira é o grave inverno,
a chuva que amei, a carícia
do fogo no frio silvestre.
Em quarto lugar o verão
redondo como uma melancia.

A quinta coisa são os teus olhos,
Matilde minha, bem-amada,
não quero dormir sem teus olhos,
não quero ser sem que me olhes
eu troco a primavera
para que me sigas olhando.
Amigos, isso é quanto quero.
É quase nada e quase tudo.

Agora, se querem, podem ir.
Vivi tanto que um dia
terão de por força me esquecer,
apagando-me do quadro-negro
meu coração foi interminável.

Porém, porque peço silêncio
não creiam que vou morrer
passa comigo o contrário
sucede que vou viver.

Sucede que sou e que sigo.

Não será, pois lá bem dentro
de mim crescerão cereais,
primeiro os grãos que rompem
a terra para ver a luz,
porém a mãe terra é escura
e dentro de mim sou escuro
sou como um poço em cujas águas
a noite deixa suas estrelas
e segue sozinha pelo campo.

Sucede que tanto vivi
que quero viver outro tanto.
Nunca me senti tão sonoro.
nunca tive tantos beijos.
Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas.
Me deixem só com o dia.
Peço licença para nascer."

Pablo Neruda

De Estravagario - 1958